Segundo Peter Drucker, reconhecido pensador e um dos pais da gestão moderna, “governar” é substituir musculo por pensamento, folclore e palpite por conhecimento e força por cooperação.
De facto, a governança corporativa não é musculo, não é palpite nem deve ser folclore, tão pouco força.
Devemos antes considerar a governança corporativa como sendo um conceito complexo que se refere à totalidade dos mecanismos institucionais e organizacionais de uma empresa ou entidade privada ou pública tendo em vista o seu adequado controlo e objetivos de negócio ou outros de qualquer natureza.
Aprofundando um pouco, estamos a referir-nos a um sistema de regras e condutas relativas à alta gestão, à organização e à relação da empresa com os acionistas e partes interligadas (stakeholders) consideradas fundamentais. Mas também: à forma como a empresa ou entidade se organiza para cumprir todos os desideratos necessários para o sucesso ou cumprimento do dever: negócio, rentabilidade, eficiência e eficácia, controlo interno, responsabilidade social, proteção de dados, satisfação dos empregados, espírito de missão…
As boas práticas da governação corporativa trazem inequívocos benefícios internos, mas também valorização externa (o mercado percebe).
Nada do que acabamos de referir tem a ver com “músculo”, antes com um sistema muito bem pensado, racional, evolutivo, amigo da mudança, flexível, fluído, mas que tenha presente os objetivos corporativos e a mitigação de todos os riscos, internos ou de contexto. Este equilíbrio entre dinâmica, “velocidade”, proatividade, inovação, lucro… e a segurança, reputação, ambiente interno ou cultura organizacional é uma arte e uma responsabilidade fundamental da gestão, que deve garantir uma abordagem top down ao tema, uma abordagem ativa, sem tibiezas.
Esse equilíbrio é um desafio cada vez mais presente e intenso nas instituições em geral e, uma vez instituída essa cultura de fazer bem, as empresas e instituições ganham uma reserva mais ou menos oculta que pode vir a fazer a diferença. Afinal, fazer mal ou complicado qualquer um faz…fazer bem, seguro e (aparentemente) de forma simples é um processo de pensamento, conhecimento e cooperação.
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- Escrito por Dr. João Machado dos Santos, Coordenador, Formador e Consultor na área de Banca e Gestão de Projetos.
Habilitações
Licenciado em Economia/Gestão pela Faculdade de Economia do Porto, com conclusão em 1987.
Participação em várias formações de âmbito específico – Fiscalidade, Marketing, Liderança, entre outras, para além de seminários e convenções. Como Orador ou Participante.
Resumo de Competências
Participação em várias formações de âmbito específico – Fiscalidade, Marketing, Liderança, entre outras, para além de seminários e convenções. Como Orador ou Participante.
Resumo de Competências
Gestão e condução de projetos com elevado grau de complexidade, quer técnico quer funcional, envolvendo equipas multidisciplinares. Alguns exemplos: (i) Implementação de novas linhas de negócio: cartões de crédito; (ii) Implementação de novo sistema de front-office em bancos; (iii) Reenquadramento de Fundo de Pensões; (iv) Substituição aplicativos de contabilidade; (v) Projetos de Rebranding integral; (vi) Fusões e aquisições.
Consultoria e formação: consultoria de gestão, mercados financeiros, organização, banca e serviços financeiros, auditoria e compliance.
Milhares de horas concretizadas como formador e orador convidado em seminários.
Gestão de recursos humanos: gestão da mudança; carreiras, formação, team building;
Gestão orientada para a racionalização de custos.
Gestão por objetivos.
Capacidade de liderança.
Pragmatismo
Forte capacidade para trabalho em equipa.
Resiliência.
Percurso Profissional
Atualmente: Formador em colaboração com a High Skills; Cconsultor independente
De 2006 a 2012: Administrador Executivo do Banif SA. Pelouros assumidos durante o período: Informática; Recursos Humanos; Organização e Qualidade; Crédito Imobiliário, Crédito ao Consumo; Meios de Pagamento (Cartões de débito e de crédito); Executivo de Operações; Rede comercial de particulares. Ainda durante o período referenciado, de 2006 a 2012, Presidente da Comissão Executiva da Banifserv ACE,; administrador não Executivo da SIBS, administrador não Executivo da Banif Açor Pensões, SA, entidade gestora de fundos de pensões.
De 1997 a 2006: Diretor Geral do BCA em representação da Administração do Banif, responsável direto por toda a atividade
De 1995 a 1997: Diretor Geral da Mundileasing SA e Director Geral da Mundire
De 1992 a 1994: Diretor Regional da Mundiileasing e diretor regional da Mundicre
De 1990 a 1992: Director Comecial da CISF SA. (Sociedade de Locação Financeira)
De 1987 a 1989 Técnico de operações e diretor financeiro da Lusoleasing SA
De 1982 a 1987: Técnico Tributário na Direcção Geral de Contribuições e Impostos;